De forma rápida e direta, quero falar para as pessoas que dizem “Professor, não consigo conversar com minha família”, para explicar alguns pontos importantes para mudar esse cenário
Se você é do tipo de pessoa que tem nos seus entes queridos a base de sua existência, saiba que é cada vez mais comum afirmarem por aí: Não consigo conversar com minha família.
Eu mesmo, nos meus atendimentos e contatos nos meus canais de comunicação, costumo me deparar com muitas pessoas que não têm facilidade em estabelecer uma firme relação familiar.
Se você não consegue dialogar com sua família, não significa que é um ser humano problemático ou, até mesmo, ingrato.
Trata-se de um universo delicado e complexo. Muitas pessoas vivenciam o que você está atravessando. Mas é fundamental entender o que se passa, de forma detalhada, para buscar mecanismos e as energias necessárias para mudar.
Isso é coisa de adolescente?
Esse é outro mito que aparece por aí. Não se trata de uma questão ligada, apenas, a alguma fase da vida da pessoa.
Pelo contrário, há exemplos de problemas de relacionamento familiar enquadrados nas mais diversas faixas etárias.
Um homem de 41 anos, pai de família, que simplesmente não consegue externar seus sentimentos dentro de casa. Um quadro que favorece o aparecimento de problemas como tristeza, depressão e, no caso dele, até uma fuga no alcoolismo.
Uma idosa, de 68 anos, que possui apenas uma irmã mais velha ainda viva, mas que por uma dificuldade em trocar uma simples conversa, mantém uma relação fria e de quase nenhuma comunicação.
Em resumo, se você tem esse problema em sua trajetória de vida, saiba que é muito mais comum do que você imagina e eu vou ajudar a trabalhar alguns pilares que podem estar influenciando essa situação.
Não consigo falar com minha família: qual o motivo?
Cada família tem a sua personalidade, mas existem alguns padrões que podem aparecer em vários casos diferentes.
Um ponto importante é a aceitação de críticas e, até mesmo, elogios. Esse é um tema muito importante e ligado diretamente ao controle do seu Ego.
Às vezes, o problema de comunicação com seus familiares pode estar diretamente relacionado a não aceitar algum tipo de crítica.
As críticas sempre vão existir. Isso é fato. Se não estiverem dentro de sua casa, elas estarão no trabalho, na sua roda de amigos, na sociedade como um todo.
Minha primeira dica sobre esse assunto parece simples, mas exige cuidado na sua aplicação:
Saber ignorar
Quando a crítica é totalmente pejorativa e desnecessária, ela não precisa sequer de resposta e, principalmente, deve ser ignorada. Esse é um exercício que passo a todos meus alunos. Simplesmente ignore aquilo que não vai acrescentar nada à sua jornada. Simples assim.
Saber responder
Tanto as críticas (as que não forem maldosas e pejorativas) quanto os elogios devem ser respondidos. É preciso aprimorar uma técnica para conduzir essas respostas, de forma calma e direta. De novo, isso tudo tem forte base em exercícios. Não é algo que se faça do dia para a noite, de forma automática.
Manter-se centrado
Aqui estou falando dos dois lados: há pessoas que se desmontam a qualquer crítica ou, pelo outro lado, ficam totalmente extasiadas quando recebem um elogio. É preciso ter um meio termo: é preciso saber ouvir com respeito, com amor. Manter o seu autocontrole e sua integridade – enfim, controlar o seu Ego.
O motivo disso tudo é bem simples: buscar melhorias.
Preste bastante atenção nas suas relações familiares. Talvez as conversas que você tentou estabelecer no seu seio familiar esbarraram nessas problemáticas.
É hora de tentar identificar isso, exercitar o autocontrole e, sempre, buscar ser uma pessoa melhor. Vai fazer bem para o ambiente como um todo. Mas, principalmente, vai fazer bem a você!
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